domingo, 7 de junho de 2015

Filo Porifera

Porifera vem do latim e significa portador de poros. Apresentam um aspecto esponjoso, macio e flexível. É um filo do reino animalia, sub-reino parazoa, em que se enquadram (como o próprio nome já e esclarece) animais que possuem poros, ou seja: as esponjas.
São animais sésseis, vivem fixos a um substrato. Podem viver isolados ou em colônias.
São animais filtradores. Não possuem sistema muscular, nervoso e sem diferenciação entre os órgãos, por isso são chamados parazoários

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1.0 - Estrutura


Possuem simetria radial.
Contém células livres, também chamadas de amebócitos de vários tipos, muitas espículas diminutas de carbonato de cálcio, suportando a parede mole.
A parede é perfurada por muitas aberturas aferentes diminutas ou poros (óstios), que se estendem da superfície externa até a cavidade central, cada poro sendo um canal através de uma célula tubular ou porócito, da epiderme.
Cada coanócito consiste numa célula arredondada ou oval apoiada no mensêquima, tendo na extremidade livre um colarinho contrátil, transparente, circundando a base de um único flagelo vibrátil.
Não apresentam células sensitivas ou nervosas, entretanto as esponjas reagem ao toque, especialmente ao redor do ósculo; e os estímulos são conduzidos lentamente, presumivelmente de célula para célula.

   1.1 - Sistemas de Canais

Na maioria das esponjas, há vários tipos de sistemas de canais.

- O tipo ascon simples tem uma parede de corpo fina, perfurada por poros  curtos e retos que conduzem diretamente ao espongiocelo revestido com coanócitos.
- O tipo sicon contém dois tipos de canais, mas somente os canais radiais são revestidos com coanócitos.
- O tipo leucon apresenta um corpo com mensêquima espesso, denso, atravessado pelos sistemas de canais complexamente ramificados, com coanócitos restritos às pequenas câmaras flageladas esféricas.

  1.2 - Esqueleto

O corpo da esponja é suportado por espículas cristalinas diminutas ou por fibras orgânicas. Essas espículas podem ser: calcárias, silicoas ou esponginas. Esponjas calcárias como Leucosolenia e Scypha tem espículas de carbonato de cálcio e as esponjas de "vidro" possuem espículas de material silicoso. As esponjas de banho e outras esponjas córneas contém fibras de espongina fina e irregularmente entrecruzadas.
As espículas possuem variados tamanhos e formas. Além das espículas simples - já mencionadas - existem tipos mais complexos. Uma espícula complexa é formada pela cooperação de várias células. A classificação das esponjas é baseada nos tipos e disposições desses materiais esqueléticos.
As espículas são secretadas por células mensequimaticas especiais (escleroblastos) e esponginas por outras células (espongioblastos).




1.3 - Histologia

O epitélio externo e o revestimento da cavidade central em esponjas complexas são ambos células finas e chatas (pinacócitos). Os coanócitos formam uma camada frouxa de células onde quer que ocorram. Estas são camadas celulares organizadas das esponjas.
As células amebóides do mensêquima incluem: escleroblastosespongioblastos; colêncitos; ou célula do tecido conjuntivo de forma estelar com pseudópodos filiformes; miócitos; e arqueócitos de caráter amebóide funções variadas. Estes últimos possuem núcleos grandes com nucléolos. Eles recebem, digerem e circulam o alimento e dão origem também aos elementos reprodutivos (óvulos, espermatozóides e gêmulas.

2.0 - Reprodução

As esponjas podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada.

2.1 - Reprodução Sexual

Algumas esponjas são dióicas e outras são monóicas. Óvulos e espermatozóides se originam de arqueócitos ou de coanócitos. Não há órgãos genitais especiais. O óvulo permanece no mensêquima do genitor, e lá é fecundado.
O espermatozóide atinge um canal radial e é passado dispersado pelas correntes de água. Se for levado para o espongiocelo, se fixa a um coanócito em que perde seu colarinho e flagelo e penetra no
óvulo.
As três primeira clivagens são verticais e produzem um disco de oito células. Uma clivagem horizontal produz oito células grandes e oito células pequenas, formando uma blástula. As últimas crescem rapidamente e alongam-se e cada uma adquire um flagelo na sua extremidade interna, voltada para o blastocelo.

2.2 - Reprodução Assexual

Pode ocorrer por regeneração ou por brotamento

- Regeneração: aproximação das células por movimentos amebóides, unem-se e regeneram  uma esponja como a original. Esse tipo de reprodução assexual é válido quando uma esponja se rompe.

- Brotamento: grupos de arqueócitos enriquecidos com matérias alimentares reúnem-se no mensêquima e são circundados por um revestimento resistente, algumas vezes contendo espículas. À medida que a esponja se desintegra, às gêmulas diminutas caem e  sobrevivem. Quando as condições novamente se tornam favoráveis, a massa de células escapa de dentro do  revestimento e começa a crescer como uma nova esponja.





3.0 - Nutrição

Se alimentam de pequenas partículas em suspensão na água que circula em seu corpo.
Não possuem sistema digestório. A digestão é intracelular. As partículas entram pelos poros junto com a água, caindo no átrio - cavidade interna da esponja - e saindo pelo ósculo - uma abertura maior. As partículas que ali entram podem ficar retidas no colarinho de células flageladas - os coanócitos -, que promovem a movimentação e circulação de água no átrio da esponja, graças à presença de flagelos.


Os coanócitos fagocitam e digerem parcialmente estas partículas, transferindo-as para os amebócitos - células que compoem a mesogléia (esta por sua vez constitui um material gelatinoso que preenche o corpo das esponjas) - que terminam de digerir as partículas e distribuem por todo o corpo o produto desta digestão.


4.0 - Ecologia
Vários animais se alimentam de esponjas, embora o dano causado por estes predadores seja geralmente pequeno. Alguns moluscos, ouriços e estrelas-do-mar, além de peixes tropicais (donzelas, peixes-borboleta) e tartarugas, comem esponjas.

Muitas espécies produzem compostos com atividade antimicrobiana (antibacteriana, antifúngica, antiviral). Além de defesas antipredação e contra infecções microbianas, as toxinas de esponjas servem também para a competição por espaço com outros invertebrados, como briozoários, ascídias, corais e até mesmo outras esponjas. Isto permite a algumas esponjas crescer rapidamente e recobrir a fauna e a flora adjacentes.

Relações de comensalismo envolvendo esponjas são muito comuns. O intrincado sistema de canais das esponjas e suas defesas antipredação as tornam excelentes refúgios para uma horda de invertebrados menores e alguns peixes.

Além disso, as esponjas são excelentes indicadores da qualidade da água, já que não resistem em águas muito poluídas.

5.0 - Outros aspectos

- Sistema nervoso: não possuem.
- Sistema Respiratório: não possuem. As trocas gasosas ocorrem por difusão.
- Circulação: é basicamente de água, alimento e espermatozóides, que entram pelo poro e saem pelo ósculo, promovida pelo movimento dos flagelos dos coanócitos.
- Excreção: ocorre por difusão.


Fontes: nota de aula distribuída em sala
http://www.infoescola.com/biologia/poriferos-porifera/
http://mundoestranhodejk.blogspot.com.br/2014/07/its-trap-reino-animalia.html
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero2.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:SpongeColorCorrect.jpg
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1267
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br/1-esponjas/ecologia.htm

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