Biologia e Cafeína
Blog feito por alunos do Colégio Militar de Porto Alegre para o componente curricular de Biologia. Alunos: Eleonora Queiroz, João Pedro e Larissa. Números: 18832, 31489 e 41206, respectivamente . Turma: 206
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Anelídeos
1) Habitat:
- As espécies do filo Annelida são encontradas no solo (minhocas), no mar (poliquetos e vermes marinhos) ou como ectoparasitas de vertebrados aquáticos.
2) Morfologia e fisiologia:
- Possuem corpo cilíndrico segmentado (metameria).
- São triblásticos, celomados e apresentam simetria bilateral. O celoma é preenchido por um líquido que circula pelo corpo e contém órgãos de reprodução e excreção.
- A superfície do corpo é revestida por uma epiderme com uma cutículas externa, e pode apresentar cerdas de quitina.
- Sob a epiderme aparece a musculatura que auxilia na locomoção e no movimento do alimento ao longo do tubo digestório.
- Certos anelídeos se alimentam de detritos vegetais, outros são carnívoros, e outros são parasitas (alimentam-se de sangue e líquidos de outros animais).
- A digestão é extracelular e o tubo digestório é completo, composto por faringe, esôfago, intestino e ânus.
- Nas minhocas, o sistema circulatório é fechado e a respiração é cutânea (que só é possível se a pele do animal estiver úmida). Há dois vasos principais (dorsal e ventral) ligados aos corações, que auxiliam a propulsão do sangue.
- Nos órgãos existem capilares que permitem a passagem de alimento o oxigênio para as células e recebem delas gás carbônico e excretas.
- Alguns anelídeos possuem pigmentos respiratórios como a hemoglobina.
- Em cada segmento dos anelídeos existe um par de nefrídios, que retiram excretas do celoma através do nefróstoma. Os cílios aspiram o fluido celomático e as substâncias úteis voltam para o sangue e as tóxicas são eliminadas pelo nefridióporo, que se abre na superfície do corpo.
- O sistema nervoso é formado por dois cordões nervosos ventrais com um par de gânglios por segmento.
3) Reprodução:
- Nos poliquetos os sexos são separados e as gônadas só são presentes na época de reprodução. Os gametas saem pelos frídios, o desenvolvimento é direito, com formação de uma larva (trocófora). Eles também possuem reprodução assexuada por brotamento.
- As minhocas tem gônadas permanentes e os gametas são eliminados por orifícios genitais. O desenvolvimento é direito e ocorre fecundação cruzada mútua e externa pelos espermatecas.
4) Classificação:
- São divididos nas classes: Polychaeta, Oligochaeta e Hirudinea.
domingo, 2 de agosto de 2015
Filo Arthropoda
Artrópodes
Compõem o maior filo de animais existentes, representados por animais como os gafanhotos (insetos), as aranhas (aracnídeos), os caranguejos (crustáceos), as lacraias (quilópodes) e as centopeias (diplópodes). Têm cerca de um milhão de espécies descritas, e estima-se que os representantes deste filo equivalem a cerca de 84% de todas as espécies de animais conhecidas pelo homem. Possuem uma ampla gama de cores e formatos, e no que diz respeito ao tamanho, alguns vão desde as formas microscópicas, como no plâncton (com menos de 1/4 de milímetro), até crustáceos com mais de 3 metros de espessura.
Os artrópodes têm apêndices articulados; o corpo segmentado, envolvido num exoesqueleto de quitina. Os apêndices estão especializados para a alimentação, para a percepção sensorial, para defesa e para a locomoção. São estas “patas articuladas” que dão o nome ao filo e que o separam dos filos mais próximos. O exoesqueleto é uma camada de cutícula quitinosa que reveste externamente todo o corpo dos artrópodes. Ele apresenta placas articuladas e contínuas. A presença de fenol na placa a deixa mais rígida e com a cor mais escura.
Eles são animais metamerizados, isto é, têm corpo segmentado, mas sua metameria não é tão evidente como a dos anelídeos; isso porque sua metameria heteronômica: os metâmeros (segmentos) diferenciam-se durante o seu desenvolvimento, alguns deles fundindo-se para a formação de tagmas que, como nos insetos, são tipicamente: Cabeça, Tórax e Abdômen.
Dentre as diferentes classes de artrópodes há casos em que dois ou mais tagmas se unem formando uma única peça como é o caso de certos grupos de crustáceos em que os tagmas cabeça e tórax se unem formando o cefalotórax e nos quilópodes e diplópodes em que o tórax se une com o abdômen formando o tronco.
Diplópodes
Os diplópodes
são representados pelas centopeias.
São animais
herbívoros e detritívoros, isto é, se alimentam de detritos, como
matéria vegetal morta. Quando se sentem ameaçados, os diplópodes
enrolam-se, fingindo-se de mortos. Em outras situações, eliminam
substâncias repelentes que afastam predadores, como o cianeto de
hidrogênio. O corpo dos diplópodes é dividido somente em cabeça
pequeno tórax e um longo abdômen segmentado.
Possuem um
corpo cilíndrico, com um par de antenas, olhos simples e dois pares
de patas locomotoras por segmento (que podem variar de 13 a 45) e seu
sistema respiratório é traqueal. Sua reprodução é assexuada.
Todos os diplópodes são ovíparos.
Quilópodes
Quilópodes apresentam entre 15 e 191 pares de pernas dependendo de espécie e tamanho. A maioria das espécies de quilópodes de grande porte utiliza as patas para mergulhar na terra, e, como poucos insetos rastejantes, ela tapa o buraco que faz na terra sempre ao passar, como forma de defesa.
Estão distribuídos nas regiões temperadas e tropicais desde o nível do mar até altas elevações no solo e no húmus; embaixo de pedras, cascas de árvores e troncos e em cavernas e musgos. A maioria é noturna e alguns vivem na zona entremarés.
A maioria das espécies medem entre três e seis cm de comprimento, mas algumas como a Scolopendra gigantea podem atingir os 30 cm. Os quilópodes possuem um par de antenas, no mínimo, 12 ou mais pares de pernas locomotoras, a cabeça está recoberta por um escudo cefálico rígido e esclerotizado. São trigenatos, geralmente apresentam conjuntos laterais de olhos frouxamente agrupados, podem ser cegos ou com omatídios muito próximos entre si, formando olhos pseudofacetados. Possuem uma garra de veneno no primeiro segmento do corpo chamada de forcípula que se conecta por um ducto a uma glândula de veneno localizada no telopodito (porção móvel de um apêndice). O seu veneno não é perigoso para o Homem, nem para as crianças pequenas a não ser em casos de reações alérgicas. As pernas anais, encontradas no último segmento do tronco, não apresentam função locomotora e sim de defesa, ataque ou sensitiva, podendo ter formas de pinça ou de antena.
A sua alimentação faz-se à base de larvas e besouros. A troca gasosa é feita através de um sistema traqueal que possui aberturas para o meio externo, chamadas de espiráculos, estas aberturas comunicam-se diretamente com os tecidos através de traquéolas. Os espiráculos dos quilópodes não possuem músculos e por isso não se fecham para evitar a perda d'água, com isso há a obrigatoriedade destes animais em viverem em locais úmidos. A excreção é feita pelos Túbulos de Malpighi e excreta ácido úrico. O sistema de reprodução é sexuado. O sistema digestivo é completo, começando na boca e terminando no ânus. O sistema circulatório é aberto. O sistema nervoso é semelhante ao dos demais miriápodes.
Aracnídeos
Os aracnídeos
são uma classe do filo dos artrópodes que inclui, dentre outros,
aranhas, carrapatos, ácaros, opiliões e escorpiões, compreendendo
mais de 60.000 espécies.
Possuem
quatro pares de patas inseridas no cefalotórax, que é coberto por
uma carapaça quitinosa, um par de apêndices modificado em quelícera
que pode ser disposta de modo paraxial ou biaxial, um par de
pedipalpos que variam em forma dependendo da ordem e com funções
diferenciadas, sem antenas, abdome sem divisão definida. Podem haver
particularidades, como no caso das aranhas, com a presença de
fiandeiras que são utilizadas para a produção de seda e os
escorpiões com a presença do aguilhão no último segmento do
abdome.
Os aracnídeos
não possuem antenas nem mandíbulas. Apresentam quelíceras ao redor
da boca como estruturas envolvidas na manipulação do alimento.
Possuem também ao redor da boca um par de pedipalpos, estruturas que
podem ter diversas funções. As aranhas e os escorpiões são
basicamente carnívoros. Muitos desses predadores possuem glândulas
de veneno, que utilizam para paralisar sua presa.
Os aracnídeos
respiram por filotraqueias, também denominadas pulmões foliáceos,
as quais possuem lamelas que aumentam a superfície de troca gasosa
no indivíduo. Nas aranhas, além das filotraqueias existem as
traqueias, embora em algumas espécies menores a respiração seja
cutânea.
Os animais
desta classe são geralmente carnívoros, sendo todos predadores.
Algumas espécies possuem glândulas inoculadoras de veneno com as
quais podem matar ou imobilizar as suas presas que são capturadas e
mortas com a ajuda dos pedipalpos e quelíceras. A digestão ocorre
parcialmente fora do corpo ocorrendo através de enzimas que farão
uma pré-digestão. O fluido alimentar é sugado por uma faringe
bombeadora ou por um estômago bombeador, no caso das aranhas, sendo
uma digestão lenta. É o veneno que paralisa e faz a pré-digestão
dos tecidos, facilitando a digestão. A aranha possui uma glândula
inoculadora de veneno para cada quelícera. Algumas espécies são
parasitas.
Crustáceos
Os crustáceos
são invertebrados artrópodes. O grupo é bastante numeroso e
diversificado e inclui cerca de 50000 espécies descritas. A maioria
dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões,
cracas, percebes, tatuís, os siris e os caranguejos, mas também
existem crustáceos de água doce, como a pulga-d'água e mesmo
crustáceos terrestres como o bicho-de-conta.
Podem
encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo,
desde as fossas abissais dos oceanos até glaciares e lagoas
temporárias dos desertos.
Os crustáceos
têm um exosqueleto de quitina e outras proteínas, ao qual se
prendem os músculos. Para poderem crescer, estes animais têm de se
desfazer do exosqueleto “apertado” e formar um novo, a muda ou
ecdise. Esse exoesqueleto é também apropriado para que esses
animais não se desidratem quando estão expostos ao sol.
Os crustáceos
têm, geralmente, o corpo segmentado como os anelídeos, com um par
de apêndices em cada segmento. O corpo é geralmente dividido em
cefalotórax e abdômen. A fusão de segmentos é comum e, em certos
grupos de crustáceos, a cabeça e o tórax encontram-se fundidos no
que geralmente se chama o cefalotórax que é a região recoberta
pela carapaça (espessamento sobre o exoesqueleto).
Tipicamente,
apresentam dois pares de antenas na cabeça, pelo menos na fase
larval, olhos pedunculados, três pares de apêndices bucais e um
télson no último segmento abdominal. Os apêndices são tipicamente
birramosos, com exceção do primeiro par de antenas.
O sistema
nervoso dos crustáceos é parecido com o dos anelídeos, com um
gânglio “cerebral”, um anel nervoso à volta da faringe e um par
de cordões nervosos na região ventral, com gânglios em cada
segmento.
Os crustáceos
têm um sistema circulatório aberto: o sangue banha os órgãos
internos – que se encontram numa cavidade denominada hemocélio –
e é bombeado para dentro e fora do coração através de orifícios
chamados óstios. As espécies menores respiram por difusão dos
gases através da superfície do corpo, mas as maiores possuem
brânquias, localizadas nas patas anteriores.
Insetos
Os insetos
são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três
tagmas (cabeça, tórax e abdômen), três pares de patas
articuladas, olhos compostos e duas antenas. Pertencem à classe
Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de
animais do filo dos Artrópodes e, consequentemente, dentre todos os
animais. Os insectos podem ser encontrados em quase todos os
ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se
adaptaram à vida nos oceanos.
Os insetos
atuais são geralmente pequenos e têm o corpo anatômico segmentado,
protegido por um exosqueleto rígido de um material conhecido como
quitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral.
O corpo é dividido em três partes distintas ou tagmas, que são
interligadas entre si: cabeça, tórax e abdome. Na cabeça
encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos,
dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de
mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe. Outras estruturas que
fazem parte do aparelho bucal dos insetos são o lábio, o labro, um
par de palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas
peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes
hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais
(sugador, mastigador, triturador e lambedor).
O tórax dos
insetos possui seis pernas articuladas distribuídas por três pares:
um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o
metatórax. Em determinadas espécies podemos encontrar também um
par de asas no mesotórax e outro par no metatórax. O abdômen é
composto por onze segmentos, embora em algumas espécies de insetos
esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos de tamanho. O
abdômen também contém a maior parte do aparelho digestivo,
respiratório, excretor e estruturas internas reprodutivas. Nos
machos o segmento genital é o 9°, onde há a abertura genital. As
fêmeas de muitos insectos possuem ovipositores, que são extensões
dos segmentos genitais adaptados à postura de ovos.
Os insectos
são protostômios, triploblásticos e celomados. Têm um sistema
digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus. O
sistema excretor consiste em túbulos de Malpighi para a remoção
dos dejetos nitrogenados e no intestino posterior para a
osmorregulação: através do intestino posterior, os insectos são
capazes de reabsorver água com os Íons K+ e Na+ e, por isso, eles
normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes
conservá-la e, assim, sobreviver em ambientes áridos.
As traqueias
têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são
feitas as trocas gasosas. O sistema circulatório dos insectos, como
nos restantes artrópodes, é aberto: o coração bombeia a hemolinfa
através de artérias para espaços que rodeiam os órgãos; quando o
coração se descontrai, a hemolinfa volta para dentro deste órgão.
O complexo
sistema nervoso é constituído por vários pares de gânglios
ligados, fundidos, que se unem na região da cabeça e que formam uma
massa cerebral. Esta massa se une a uma longa rede nervosa de
gânglios ventrais que vai até a extremidade do abdome.
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