A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.
A estrutura do vírus inclui:
- Genoma, que dependendo do vírus pode ser RNA ou DNA (exceto no caso do citomegalovirus, que envolve os dois materiais genéticos);
- Capsídio: envoltório protéico (codificado pelos genes do vírus) e que envolve o genoma do vírus. Atua como elemento protetor e específico;
- Nucleocapsídeo: uma estrutura formada pelo capsídio associado ao ácido nucleico que ele engloba e protege;
- Capsômeros: subunidades protéicas, que unidas constituem o capsídio do vírus;
- Envelope: membrana lipídica que envolve a partícula viral externamente. Geralmente, ele é a própria membrana lipídica da célula hospedeira com algumas proteínas específicas do vírus.
(esquema estrutural do vírus)
(fonte da imagem: http://images.slideplayer.com.br/2/354877/slides/slide_5.jpg)
Não possuem organelas ou ribossomos, e nao apresetam todo o potencial bioquímico (enzimas) necessário a sua própria produção metábolica. Eles são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de células para se multiplicarem. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucleotídeos; maquinaria de síntese de proteínas(ribossomos) e energia metabólica (ATP).
Os vírus representam a maior diversidade biológica do planeta, pois são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios, e uma vez dentro da célula sua capacidade de reprodução é surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus.
Ciclos Reprodutivos Virais
Em seu processo de reprodução, os vírus contam com dois tipos de ciclo: o lisogênico e o lítico.
Ciclo Lítico: nesse ciclo, o vírus insere seu genoma na célula hospedeira e domina seu metabolismo, destruindo-a no final. Quando o vírus apresenta este ciclo, ele recebe o nome de vírus lítico ou virulento. Como exemplo, podemos citar os bacteriófagos ou fagos, que são vírus que infectam e destroem bactérias. O ciclo lítico é dividido em 5 etapas:
- Adsorção: ocorre o reconhecimento e a fixação do vírus à célula. O hospedeiro é dotado de substâncias químicas capazes de permitir que o vírus detecte-o e se prenda à membrana.
- Penetração: inserção do genoma viral no interior da célula hospedeira.
- Síntese: estágio do ciclo em que o vírus começa a determinar as atividades metabólicas da célula. Nesse processo, as enzimas que antes eram utilizadas na síntese proteica e de ácidos nucleicos da célula hospedeira, passam a ser empregadas na produção de partículas virais (proteínas e material genético).
- Montagem:
nesta etapa, os componentes dos vírus que foram produzidas anteriormente, são organizados de modo a constituir novos parasitas. - Liberação: na etapa final do processo, as dezenas de vírus formadas na fase de montagem produzem uma enzima viral denominada lisozima, que causa a ruptura da célula hospedeira. Além disso, como a célula passou a sintetizar estruturas virais, a produção dos seus próprios componentes se torna impossível (esgotamento celular), o que favorece o seu rompimento. Com a destruição da célula, os vírus se libertam e infectam imediatamente as células vizinhas, recomeçando o seu ciclo.
Pesquisas recentes mostram que os vírus são abundantes em ambientes aquáticos, onde influenciam o crescimento e a mortalidade de outros organismos, por conta disso, eles possuem grande importância ecológica.
Tem um impacto significativo nos ciclos de nutrientes dos ambientes aquáticos, visto que infectam algas - que são a base da cadeia alimentar - e a morte dos organismos infectados disponibiliza nitrogênio, carbono e outros nutrientes para o ambiente.
Além disso, podem ser usados como instrumentos terapêuticos, como por exemplo a terapia gênica.
Os vírus são responsáveis por diversas infecções virais humanas, como por exemplo: gripe, HPV, rubéola, poliomelite, dengue, febre amarela, entre outros...
Em infecções virais, podem haver um período de incubação - intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas. Em alguns casos, a célula hospedeira sofre lise, com a liberação de novos vírions; em outros, a célula não é destruida, mas modificada: o genoma viral une-se à celula, que passa a se reproduzir desordenadamente.
Fontes:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus.php;
http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/virus.htm;
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus;
Nota de aula entregue em sala.
http://www.infoescola.com/biologia/ciclo-litico/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_lisog%C3%AAnico